Cartas na Areia

Cartas na Areia

A Guardiã das Histórias do Mar

Em uma pacata vila à beira-mar, onde as ondas beijavam suavemente a areia e o sol se punha com uma graça espetacular, morava uma velha chamada Dona Clara.

Além disso, ela era conhecida por todos como a guardiã das histórias do mar e tinha uma peculiaridade: todas as manhãs, ela caminhava pela praia e escrevia mensagens na areia.

Por conseguinte, essas não eram mensagens comuns; eram cartas destinadas ao seu marido, João, que fora um pescador valente, perdido no mar muitos anos antes.

Cartas na Areia e uma Nova Amiga

Numa manhã de primavera, enquanto Clara escrevia na areia, uma menina chamada Lívia observava fascinada. Curiosa, ela se aproximou de Dona Clara e perguntou sobre as cartas.

Tocada pelo interesse da menina, Dona Clara explicou que cada carta era uma forma de manter vivo o amor que ela sentia por João. Inspirada,

Lívia pediu para aprender a escrever suas próprias cartas na areia. Clara sorriu e juntas começaram a escrever mensagens para João, e para Lívia, mensagens para um amigo que ela deixara para trás.

Uma Tradição Inspiradora

Com o passar do tempo, essa atividade matinal se tornou um ritual para Lívia e Clara.

Gradualmente, outras crianças da vila começaram a se juntar a elas, trazendo consigo suas próprias histórias e desejos para compartilhar com o mar.

Então, certo dia, um velho pescador que havia retornado à vila após muitos anos no mar, encontrou uma das cartas de Clara.

Surpreso e emocionado, ele levou a carta até ela, contando histórias do mar e falando de como as palavras escritas na areia inspiravam marinheiros e viajantes que, por vezes, sentiam-se solitários em suas jornadas.

Dona Clara, com lágrimas nos olhos, sentiu seu coração se aquecer com a ideia de que suas palavras haviam viajado tão longe.

Lívia e as outras crianças perceberam que, mesmo as mensagens mais efêmeras, escritas na areia e apagadas pelas ondas, podiam ter um impacto duradouro.

“Cartas na Areia” tornou-se uma tradição adorada na vila, lembrando a todos que, embora as palavras possam ser levadas pelo vento e pelo mar, o amor e as lembranças que elas representam são inquebráveis e eternos.

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