O Reflexo do Lago

Em um pequeno vilarejo rodeado por florestas densas e montanhas imponentes, viviam Lúcia e Henrique.

Lúcia era uma jovem pintora que amava capturar a beleza da natureza em suas telas, enquanto Henrique era um poeta que encontrava nas palavras a expressão de seus sentimentos mais profundos.

Lúcia e Henrique se conheceram em um outono dourado, às margens do lago que servia de espelho para o céu. Lúcia estava pintando o reflexo das nuvens no lago, e Henrique buscava inspiração para seus versos.

O Reflexo do Lago
O Reflexo do Lago

Ao verem um ao outro, sentiram uma conexão imediata, uma espécie de entendimento mútuo que só se encontra uma vez na vida.

Eles começaram a se encontrar todos os dias ao entardecer. Lúcia pintava enquanto Henrique escrevia. Conversavam sobre arte, sonhos e filosofias, mas nunca sobre amor.

Ambos sentiam algo profundo um pelo outro, mas sabiam que era um amor que não se manifestaria em romance. Era um amor baseado em admiração, respeito e uma profunda amizade.

Com o tempo, o lago onde se encontravam se tornou um símbolo de seu amor platônico. Lúcia pintou uma série de quadros que retratavam o lago em diferentes estações, cada um capturando um momento especial que haviam compartilhado.

Henrique escreveu um poema para cada quadro, entrelaçando suas palavras com as cores de Lúcia.

Os anos passaram, e embora nunca tenham cruzado a linha do amor romântico, o vínculo entre Lúcia e Henrique apenas se fortaleceu. Eles se tornaram os melhores amigos, conselheiros um do outro, sempre juntos, mas nunca mais do que isso.

No final de suas vidas, Lúcia e Henrique decidiram doar suas obras para o vilarejo, com a condição de que fossem expostas juntas, ao lado do lago que tanto amavam. Na inauguração da exposição, uma jovem perguntou a Henrique sobre o amor que ele sentia por Lúcia.

Com um sorriso tranquilo, Henrique respondeu: “Nosso amor é como o reflexo neste lago; é real e profundo, mas não se pode tocá-lo. Está em tudo que criamos, em cada palavra e cada pincelada.”

Lúcia, ao seu lado, concordou com um aceno. Eles se olharam com carinho, sabendo que seu amor, embora platônico, era o mais verdadeiro que já haviam conhecido.

E assim, Lúcia e Henrique permaneceram juntos, em arte e espírito, ao lado do lago que sempre refletiria seu amor incomum e maravilhoso.


Espero que você tenha gostado desta história sobre um amor platônico que transcende a expressão romântica tradicional, encontrando beleza na conexão espiritual e artística.

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